Duas guardas prisionais terão dito a Mohamedou Ould Slahi que ia aprender o que era o ‘grande sexo americano’ e acabaram por abusá-lo sexualmente.
“Assim que me levantava, as duas mulheres tiravam a camisa e começavam a dizer coisas de cariz sexual (…) O que mais me custava era quando me obrigavam a fazer parte de uma ‘ménage à trois’”, lê-se no Speigel Online.
Slahi afirma que continuava a rezar enquanto era violado: “Elas mandavam-me parar, dizendo que eu era um hipócrita. Mas eu recusei-me a fazê-lo e, durante cerca de um ano, foi proibido de realizar os meus rituais religiosos”.
Mohamedou Ould Slahi afirma que só confessou ter feito parte de vários planos terroristas após ter sido torturado. “Comecei a alucinar e a ouvir vozes (…) Quando alguns dos guardas se aperceberam, começaram a gozar comigo e a fazer vozes esquisitas, encorajando-me a fazer mal a outros guardas e a planear a minha fuga.
Estas declarações surgem no livro de memórias escrito pelo presidiário, que foi publicado esta semana após seis anos de batalhas judiciais para que a publicação do mesmo fosse autorizada.
Este homem de 44 anos terá integrado a Al-Qaeda após ter feito uma viagem ao Afeganistão no início da década de 90. No entanto, Slahi afirma que abandonou o grupo terrorista em 1992. Foi detido após os atentados a 11 de Setembro de 2001, depois ter sido considerado suspeito de um ‘ataque falhado’ em Los Angeles, em 1999. Slahi foi levado para Cuba em 2002 e os seus advogados continuam a fazer de tudo para que seja libertado.