À entrada da reunião magna da PT SGPS, onde os accionistas se preparam para decidir hoje sobre a venda da PT Portugal, detida pela Oi, à Altice, Rafael Mora disse que "nada disto pode ser um bom negócio".
"Se fosse um bom negócio, não estávamos na situação em que estamos, evidentemente esta é uma situação para safar o que já está mal. Se fosse um bom negócio, não tinha acontecido a Rioforte, o 08 de Setembro [aprovação dos novos termos da combinação de negócios entre PT SGPS e Oi], a necessidade de venda do activo", afirmou Rafael Mora.
Rafael Mora fez ainda uma comparação com a democracia, que "também não é um bom sistema de Governo, mas o menos mau que se conhece".
"É óbvio que não é um bom negócio, mas é o menos mau que está em cima da mesa. É difícil pensar que aconteceria de outra forma. As circunstâncias neste momento são as que são", reforçou.
O administrador da Ongoing na PT SGPS deixou ainda uma palavra sobre o facto da PriceWaterhouseCoopers não ter incluído os juízos jurídicos sobre os responsáveis pelo investimento na Rioforte do seu relatório.
"Não é verdade, gostava que lessem a proposta da PwC onde diz que não podiam permitir a introdução de juízos normativos no relatório", disse.
Sobre a carta que o ex-presidente da PT SGPS, Henrique Granadeiro, enviou ao regulador e ao presidente da mesa da assembleia-geral da PT SGPS, defendendo a reversão da fusão com a Oi, Rafael Mora responde o seguinte: "O Dr. Granadeiro foi desafortunado com a carta que mandou e na altura em que mandou. O Dr. Granadeiro também tem responsabilidades, que também assumiu na própria carta de renúncia quando saiu".
Lusa/SOL