Margarida Moz, uma das responsáveis pelo projecto, explicou à agência Lusa que a Portugal Film deu os primeiros passos em 2014, no seguimento de um trabalho que o festival IndieLisboa, organizado por aquela associação cultural, tem feito de divulgação internacional de obras portuguesas.
"Percebemos que havia interesse em certos filmes e que se podia trabalhar, de uma forma mais consistente, essa aposta na divulgação internacional", explicou Margarida Moz.
O trabalho da agência consiste no acompanhamento de longas e curtas-metragens de novos realizadores, de pequenas produtoras que não tenham grande capacidade de divulgação no circuito internacional ou de criação de uma rede de contactos.
"Estabelecemos um agenciamento de proximidade para cada filme, acompanhando se possível desde a fase de finalização, para traçar uma estratégia de internacionalização", referiu.
Desde 2014, ainda antes de ser formalizada, a agência apoiou a internacionalização de quatro curtas-metragens e da longa-metragem "A toca do lobo", de Catarina Mourão, seleccionada para o festival de Roterdão.
Nos próximos meses, a Portugal Film estará presente nos festivais de Berlim e de Clermont-Ferrand, estando ainda por confirmar a presença em Cannes.
A ideia é que os filmes tenham um tempo de vida mais prolongado, capitalizando o historial de presença e reconhecimento do cinema português no circuito dos festivais, afirmou Margarida Moz.
A par do trabalho fora de portas, a agência também pretende captar atenções em Portugal, nomeadamente convidando programadores de festivais internacionais para visionamentos de cinema português.
Nesses visionamentos serão mostrados filmes que, por exemplo, foram seleccionados para o IndieLisboa e outros que "pela sua relevância interesse divulgar".
A agência Portugal Film contará com um apoio financeiro de 45.000 euros do Instituto do Cinema e Audiovisual a repartir por três anos.
Lusa/SOL