Maria Luís Albuquerque

A conjuntura é, a cada mês, mais favorável à ministra das Finanças. Ao ponto de a almofada financeira do Governo (com receitas fiscais sempre a ultrapassar as expectativas e o financia- mento a baixos juros nos mercados) permitir seguir o caminho da Grécia e começar a reembolsar antecipadamente os 26,3 mil milhões do empréstimo do FMI. Boas notícias são também as que vêm do BCE e do gigantesco pacote de milhões que vai injectar na economia europeia – com efeitos positivos no crédito, no investimento e nas exportações em Portugal. Em ano de eleições, não podia ser melhor.

Pedro Proença

Anunciou ontem, aos 44 anos, o fim da carreira que o colocou como o mais categorizado e premiado árbitro português de sempre. Admirado e respeitado a nível internacional, teve o seu auge em 2012, quando apitou a final da Liga dos Campeões e a final do Euro-2012. Só ficou mesmo a faltar-lhe a final de um Mundial. Vai agora voltar à sua actividade de gestor e dar aulas, mas tem as portas abertas para um lugar de topo nos organismos de arbitragem da UEFA e da FIFA.

Sombra

D. Duarte

Tem todo o direito de qualificar o Charlie Hebdo de “pasquim nojento”, como fez. Ainda que isso denote alguma raiva pouco aristocrática, não ultrapassa criminalmente os limites da liberdade de opinião. É, aliás, fácil reconhecer que o Charlie Hebdo publica algumas peças e cartoons de mau gosto, provocatórios e ofensivos. Mas que não ferem, não matam e nem sequer apelam à violência. Já o pretendente ao inexistente trono português estraga tudo ao acrescentar que a liberdade de expressão não permite “insultos à fé dos outros”. Permite, permite. Já não estamos nos tempos da Santa Inquisição e dos tabus intocáveis sobre a fé e a religião.

José Luís Arnaut

Segundo o Wall Street Journal é um dos principais responsáveis pelo desastroso empréstimo de mais de 700 milhões de euros ao BES a um mês do colapso do banco. Fez, aliás, rasgados elogios a Ricardo Salgado quando já ninguém se atrevia a tal. E parece que há uns negócios venezuelanos por detrás de tudo isto. O seu crédito como conselheiro e o seu faro político saem muito por baixo desta história.