"Ao fim de dois anos, depois de amortizar o investimento, poupamos cerca de 800 mil euros por ano, mas a partir do momento que os LED estão instalados, a poupança é de 160 mil euros", disse hoje à agência Lusa o vereador da Estrutura Verde e da Energia, José Sá Fernandes.
O processo vai abranger mais de 20 mil lâmpadas, em aproximadamente 8.500 semáforos de toda a cidade, e deverá iniciar-se até Março, estando concluído em Julho, de acordo com a informação divulgada pelo gabinete do vereador.
A intervenção, cuja adjudicação foi hoje aprovada por unanimidade em reunião camarária representa uma poupança total de 94,36%, após a realização de testes, refere a proposta.
Neste primeiro ano, a Câmara gastará 637.991,65 euros, valor que passará para 765.589,98 euros em 2016 e baixará para 127.598,33 em 2017, lê-se no mesmo documento.
De acordo com a informação do gabinete do vereador da Estrutura Verde e da Energia, "o investimento será amortizado em dois anos, através da poupança gerada pela substituição de lâmpadas", sendo que uma lâmpada incandescente consume 100W e uma óptica LED cerca de 8,3W.
Actualmente, são gastos por ano 1,1 milhões de euros com a energia dos semáforos, mas a partir de 2017 a energia consumida pelas ópticas LED representará uma factura de 75 mil euros por ano, explicou a autarquia.
Segundo José Sá Fernandes, a acção permitirá também "aumentar a visibilidade nos semáforos" e, consequentemente, a segurança.
"Começámos a fazer [testes] nalguns cruzamentos e em sítios como a Avenida da Liberdade, a Baixa, a Avenida Fontes Pereira de Melo, que correram bem, e agora estendemos a toda a cidade", acrescentou.
A intervenção está inserida na Estratégia de Eficiência Energética da Câmara de Lisboa, desenvolvida pelo município e pela Agência de Energia e Ambiente, Lisboa E-Nova.
Na reunião de hoje, Sá Fernandes disse também que Lisboa é das cidades que mais gasta em iluminação pública, pelo que deveria ser apoiada por fundos comunitários.
No encontro, foi ainda aprovada, com abstenção do PSD, a criação do Fundo Municipal de Sustentabilidade Ambiental e Urbanística da cidade, previsto na Lei de Solos e destinado a promover, entre outras matérias, a reabilitação urbana.
A proposta, assinada pelo vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, recorda que a Lei de Solos prevê que as autarquias, "no exercício da autonomia financeira municipal, constituam fundos municipais de sustentabilidade ambiental e urbanística, destinados a promover a reabilitação urbana, a sustentabilidade dos ecossistemas e a prestação de serviços ambientais, bem como a criação, manutenção e reforço de infra-estruturas, equipamentos ou áreas de uso público".
Lusa/SOL