As novas regras contabilísticas do Fundo de Garantia de Depósitos implicaram que os lucros de 2013 – que foram de 503 milhões de euros – reduziram-se para 316 milhões de euros, pelo que o crescimento de 2014, que seria de 23,2%, passou para 96,3%, indicou hoje em conferência de imprensa em Barcelona o presidente do Caixabank, Isidre Fainé.
O banco catalão registou um aumento da margem de exploração recorrente de 18%, para os 3,167 mil milhões de euros.
O negócio bancário e dos seguros do CaixaBank representou 1.514 milhões de euros em 2014, enquanto as participadas contribuíram com 227 milhões.
O saldo de crédito a clientes do Caixabank ascendia, a 31 de Dezembro, aos 197,185 mil milhões de euros, uma quebra de quase 5% face a 201. No entanto os responsáveis do banco ressalvaram que ao longo do último ano a nova produção de crédito cresceu 26% (o crédito hipotecário subiu 30% e o crédito destinado ao consumo aumentou 19%).
"A tendência da concessão de crédito, ao longo do ano, foi do menos para o mais. […] Isso significa que o crédito está a regressar à economia. Estamos a produzir mais crédito e estamos a ganhar quota de mercado, ou seja, estamos satisfeitos", destacou o conselheiro delegado (CEO) do Caixabank, acrescentando que "em 2015 deverá produzir-se uma certa estabilidade na carteira de crédito".
Um sector no qual o banco presidido por Isidre Fainé teve perdas fortes foi o sector imobiliário. A actividade imobiliária do Caixabank registou perdas de 1,148 mil milhões de euros.
Com 13,4 milhões de clientes e 5.251 balcões, o Caixabank manteve-se em 2014 como entidade bancária líder no mercado espanhol.
O Caixabank apresenta resultados um dia depois do BPI o ter feito em Lisboa.
O banco liderado por Fernando Ulrich registou prejuízos de 161,6 milhões de euros em 2014, o que compara com o lucro de 66,8 milhões de euros no ano anterior.
O BPI explicou que os prejuízos resultaram de "resultados não recorrentes na actividade doméstica com um impacto negativo de 264,3 milhões de euros" e que, sem esses resultados, "o lucro líquido consolidado ascenderia a 102,6 milhões de euros".
O banco português já anunciou a sua intenção de comprar o Novo Banco.
Lusa/SOL