Super Bowl bateu recordes de audiências

Já se sabia que tinha sido uma audiência histórica, depois de terem sido divulgados 49,7% de rating e 72% de share. No entanto, só esta segunda feira à noite é que se soube exactamente quantos americanos viram o Super Bowl pela televisão no domingo: 114,4 milhões, mais de um terço da população dos Estados Unidos.…

Super Bowl bateu recordes de audiências

O jogo da final do campeonato de futebol americano é o evento mais importante do ano no país, e na 49ª edição, onde os New England Patriots venceram os Seattle Seahawks por 28-24,  quebrou recordes. 72% de share significa que essa percentagem de televisões ligadas à hora do desafio estava ligada na NBC, canal que transmitiu o jogo realizado em Phoenix, no Arizona. E se olharmos para os números nas cidades mais associadas às equipas da final, as percentagens são ainda mais avassaladoras: em Seattle o share foi de 89% e em Boston fixou-se em 81%.

A NBC também decidiu transmitir o jogo pela internet em streaming, sem custo ou sequer restrições de acesso, levando 1,3 milhões de pessoas a colarem-se a ecrãs de computadores, tablets ou smartphones. Isso eleva o total de telespectadores para 115,7 milhões, só nos Estados Unidos.

Nas principais redes sociais, os servidores também não pararam de ‘mandar informação’. O Facebook teve 265 milhões de interacções (posts, comentários e likes), outro recorde, enquanto que o Twitter registou 28,4 milhões de tweets durante o jogo, bem acima dos 24,9 milhões do ano passado. Acima disso só mesmo a meia-final do Campeonato do Mundo de Futebol entre o Brasil e a Alemanha, com 35,6 milhões de tweets.

4,5 milhões por anúncio

A NBC colocou alta a fasquia da publicidade, pedindo 4,5 milhões de dólares, quase quatro milhões de euros, por cada anúncio de 30 segundos. Nas semanas até ao jogo de domingo muito se falou dos benefícios desse investimento exagerado, com algumas empresas a recusarem ‘entrar’, e especulava-se que a cadeia de televisão teria de baixar os preços para ocupar todo o espaço publicitário. No entanto, esses milhões acabaram por ser ouro para marcas como a Budweiser, Chrysler, BMW, Toyota, Doritos, ou McDonald’s, só para citar algumas.

No entanto, estes números avassaladores de audiências, publicidade, marketing ou rivalidade desportiva não seriam os mesmos se o jogo não fosse tão renhido e empolgante. A vitória dos Patriots só foi decidida a 20 segundos do final, quando um herói improvável – Malcolm Butler, um dos jogadores menos conhecidos e mais mal pagos da equipa da área de Boston e de todo o campeonato NFL – travou um passe entre Russell Wilson e Ricardo Lockette  que, quase seguramente, daria a reviravolta e vitória para os Seahawks.

emanuel.costa@sol.pt