As vítimas deste transtorno ficam tão obcecadas pelos seus defeitos físicos que passam horas a pensar no assunto, acabando por evitar situações sociais para esconder essa aparência. Sendo que por norma o que vêem no espelho nem sequer corresponde à realidade vista pelos olhos dos outros.
Chegam a despender três a oito horas diárias a pensar nos seus defeitos, explica Katharine Phillips, professora de psiquiatria da Universidade Brown, nos Estados Unidos, ao site Everyday Health.
A dismorfia conduz à depressão, ansiedade, fobia social e outras emoções negativas. Interfere com o dia-a-dia e alguns dos doentes isolam-se em casa e até podem ter tendências suicidas.
Os especialistas consideram que a ansiedade pode estar na origem deste transtorno, mas também há uma componente genética e ambiental (ter sido humilhado em criança ou viver numa cultura que enfatiza a imagem física, por exemplo).
Se juntarmos uma personalidade dependente a baixa auto-estima temos os ingredientes para desenvolver um transtorno deste género. As pessoas com transtornos de ansiedade – como os obsessivos-compulsivos -, depressão e transtornos alimentares, como bulimia ou anorexia, correm um risco mais elevado de desenvolver dismorfia.
O que fazer?
Se depois de ler estes sinais pensa que pode sofrer com este problema, o primeiro passo é procurar um psicólogo clínico. Por norma, as terapias cognitivo-comportamentais são as mais indicadas para este problema.
Além da terapia, existem também medicamentos que podem ajudar a aliviar os sintomas tais como os antidepressivos inibidores selectivos da recaptação da serotonina (ISRS).
O que não deve fazer?
Fazer cirurgias plásticas ou tratamentos de pele não vão resolver o problema. A origem do transtorno na verdade não está na aparência, mas sim na forma como olha para si. E por mais que mude o seu corpo, este é um problema mais profundo que não vai resolver de forma superficial.