Os avanços desde o 25 de Abril

Há dias, vi na TV uma manifestação de pais, alunos, professores e funcionários escolares, à porta de uma escola pública, a protestarem por falta de aquecimento, e pelo que isso significa de impedimento para estudar.

E ocorreu-me como devo estar velho. E como, no meu tempo de escola primária, apesar de andar numa particular (no antigo Regime, quando o Estado não dava um tostão para as escolas particulares, limitando-se a manter exigentes e desempoeiradas as públicas), também não havia aquecimentos. Mas lá íamos estudando, sem protestos destes, a tiritar de frio no Inverno, ou com roupas bem grossas por debaixo dos bibes e das fardas (consoante a idade, passei pelos 2 géneros).

Atenção: não quero elogiar o antigo regime (apesar de desconfiar, pelo que por aí vejo escrito, mesmo em comentários online, que a exigência de então dava bons resultados). Pretendo é mostrar como a evolução tornou as pessoas mais exigentes na defesa dos direitos entretanto adquiridos: hoje o público dá mais conforto do que o antigo privado – embora o antigo público tivesse melhor fama do que o privado de hoje e de então.

Quanto à qualidade dos ministros da Educação e dos professores, nem falo. Porque aí, penso que ganhava o anterior Regime.