Segundo apurou o SOL, são dois medicamentos totalmente novos, que ainda nem sequer terão autorização de introdução no mercado (AIM), mas que, tal como o produto da Gilead, também prometem a cura para certas variações da doença.
Um dos laboratórios irá oferecer 60 tratamentos e outro 15. O Infarmed, que recusa especificar o nome das empresas assim como a substância activa em causa, adianta apenas que neste momento foram aprovados estes três programas para um total de 165 doentes com hepatite C.
Tanto o Infarmed como a Gilead garantem ao SOL que os medicamentos vão começar agora a chegar aos hospitais.
Os estabelecimentos hospitalares só agora podem ter acesso a estes medicamentos sem custos porque até então o Infarmed exigia que, no Serviço Nacional de Saúde, na aquisição destes produtos fosse sempre definido um preço. Apenas dia 31 Dezembro aquele organismo decidiu publicar novas regras (um regulamento para o acesso precoce a medicamentos) que permitem aos laboratórios oferecer às unidades de saúde dois tipos de produtos: os que não têm ainda AIM ou os que já a têm mas aguardam que seja definido se podem ser usados nos hospitais públicos e o valor da comparticipação.
É nesta última situação que se encontra o Harvoni, o medicamento de toma única da Gilead que está aprovado desde Novembro e que o Hospital Egas Moniz chegou a pedir ao laboratório para o ter sem custos para a doente que veio a morrer dia 31 Janeiro. Mas naquela data, justificou, entretanto, a empresa farmacêutica, o Infarmed ainda não tinha em vigor as normas que podiam ter salvado a vida a Maria Manuela Ferreira de 51 anos.
Doente de hepatite C consegue tratamento. ‘A emoção é enorme’
'Estamos felizes por ele, mas o ministro vai ter de dar medicamentos a todos os doentes'