Ronald Read, um funcionário de uma gasolineira no estado norte-americano do Vermont, falecido em 2014, deixou uma fortuna de 7 milhões de euros (8 milhões de dólares) depois de vários anos de apostas certeiras na bolsa e de poupança dedicada.
A dimensão da herança só foi conhecida agora que o hospital e a biblioteca de Brattleboro, a sua pequena cidade, receberam e dividiram entre si aquele dinheiro.
Vestido com as suas habituais e velhas camisas de flanela, Read era uma pessoa austera e bastante reservada que poucos conheciam bem. E ninguém calculava que era um milionário. Tanto que o seu único luxo, contam os vizinhos em declarações à NBC, era tomar o pequeno-almoço no café – onde alguém fazia sempre questão de pagar, assumindo que o indivíduo era pobre.
“Nunca ninguém imaginaria que é um milionário”, conta a advogada de Read, Laurie Rowell. “Da última vez que ele veio aqui [ao escritório], estacionou longe, num local sem parquímetros para poder poupar os seus trocos”.
O carro de Read era um modesto Toyota Yaris em segunda mão.
A única pista de que estava ali um génio das finanças estava afinal à vista de todos: Read era um leitor diário do Wall Street Journal.