"É uma crise e não a vejo a ser resolvida facilmente, de facto não imagino que se resolva sem que a Grécia abandone a zona euro", afirmou o ex-responsável pela Reserva Federal dos Estados Unidos, em declarações à BBC Radio.
Alan Greenspan não acredita que "ajude os gregos estarem na Zona Euro", e considera que "é uma questão de tempo antes que toda a gente se aperceba que a saída é a melhor estratégia".
O novo governo grego, liderado pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras, do partido de esquerda radical Syriza, foi eleito em Janeiro.
O programa de ajuda externa à Grécia termina no final do mês e, até lá, tem de ser encontrada uma solução para que o país não entre em falência.
Na terça-feira realiza-se uma reunião extraordinária do Eurogrupo, em que participa o ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, que esta semana esteve nas principais capitais da zona euro, tendo-se reunido com vários dos seus homólogos, nomeadamente com o francês, Michel Sapin, e o alemão, Wolfgang Schäuble.
Tsipras apresentou-se a eleições com a promessa de reduzir a dívida grega (mais de 175% do Produto Interno Bruto – PIB) e acabar com a austeridade imposta pela 'troika', o que é rejeitado por muitos dos seus parceiros da zona euro, a começar pela Alemanha.
A Grécia está sob assistência financeira internacional desde 2010, com dois empréstimos concedidos pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, em troca de duras medidas de austeridade.
O programa de resgate europeu terminava no passado mês de Dezembro, mas foi prolongado por mais dois meses, até ao final de Fevereiro.
Lusa/SOL