Vital Moreira
No momento em que o PS não diz coisa com coisa sobre a vitória do Syriza, a derrota do PASOK, os sinais de mudança do radicalismo político ou a crise dos socialistas europeus, haja alguém que ponha alguma ordem na casa – e na confusão que se instalou nas cabeças dirigentes do Largo do Rato. O ex-eurodeputado do PS veio qualificar de 'oportunismo pouco recomendável' a colagem a Tsipras, afirmar que o PASOK é o irmão do PS na Grécia que não deve ser renegado e alertar para os perigos da estratégia de financiamento 'puramente ficcional' do Syriza. Vá lá que ainda resta algum bom senso e inteligência política na área do PS.
&Sombra
Santana Lopes
De um dia para o outro, tudo mudou na sua posição e na sua argumentação sobre as presidenciais. Afinal, já só decidirá lá para Outubro, depois das legislativas, e não em Abril/Maio como prometera. Afinal, um candidato presidencial já depende de haver ou não coligação PSD/CDS e não apenas da sua vontade e convicções. Afinal, já bastam dois ou três meses de campanha e não, pelo menos, um ano. Afinal, já é melhor só um candidato no centro-direita do que dois ou três. Eis um político que não pára de nos surpreender.
Paulo Macedo
Foi directamente confrontado, na comissão parlamentar de Saúde, por vítimas nos atrasos ou recusa de tratamento a doentes com hepatite C. Sensibilizado, o ministro reuniu com o filho da doente de 51 anos que morreu esta semana, após meses e meses à espera do medicamento que a curaria – e que nunca chegou. Prometeu averiguar o que falhou e encurtar futuros procedimentos. Mas faltou-lhe uma medida exemplar de responsabilização à comissão hospitalar que não deu andamento ao processo. Irremediavelmente.
Alberto da Ponte
Sai da presidência da RTP ao fim de dois anos e meio, sem chegar ao fim do mandato. Sai com elogios a Passos Coelho e todas as críticas a Poiares Maduro, a par de auto-elogios à sua administração. Nada disto lhe fica bem e pior ainda é gabar-se de ter poupado custos de 94 milhões, quando 2/3 dessa redução se devem ao anterior presidente Guilherme Costa, nos anos de 2011 e 2012. E, sendo um fã das audiências em prejuízo da qualidade, deixa a RTP1 com 15% e a RTP2 com 2%. Não é famoso.
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