Falciani, alvo de um mandado de captura internacional lançado pela Suíça por violações de segredo bancário, sublinhou que os jornalistas tiveram acesso apenas a "uma parte" das informações que transmitiu ao Estado francês.
"A administração fiscal ficou com muito mais", acrescentou.
Questionado sobre os 106.000 clientes particulares que o jornal Le Monde diz terem sido detetados, Falciani afirmou: "Há ainda mais do que aquilo que os jornalistas têm. Vários milhões de transacções [entre bancos] foram igualmente reportadas nos documentos que transmiti. Os números dão uma ideia do que pode ser a ponta do icebergue".
Falciani obteve ficheiros do seu antigo empregador, o HSBC, que permitiram a um consórcio internacional de jornalistas, liderado pelo Le Monde, expor um imenso sistema de evasão fiscal europeu.
Lusa/SOL