O problema, de baixa prevalência, atinge sobretudo mulheres entre os 40 e os 50 anos de idade, não tem causa conhecida e é muito debilitante. Os sinais que a distinguem de forma mais evidente constituem o que se designa fenómeno de Rayanud, que consiste, lê-se num comunicado da SPR, “na contracção das artérias de pequeno calibre, visível sobretudo nas extremidades do corpo, usualmente nas mãos e nos pés, que passam de branco a roxo, e depois a vermelho e quente”. Os doentes afectados chegam a ter de abandonar a actividade laboral, a partir do momento em que os sintomas começam a evoluir. As mãos ficam rígidas, com pele espessa e os efeitos podem atingir a face, com os doentes a perderem a expressão facial.
Além disso, há também a fibrose de órgãos internos, podendo o pulmão, o coração e o rim ser afectados – “O problema não está só nos tecidos mas na produção de anticorpos dirigidos contra partes do próprio corpo (auto-anticorpos) associada a deposição excessiva de colagénio nos tecidos com consequente fibrose dos mesmos, incluindo pele e órgãos”.
Trata-se, continua a SPR, da pior doença na área da reumatologia em termos de resposta ao tratamento: “Não há um fármaco globalmente eficaz em todas as manifestações”, pelo que se recomenda especial cuidado e consultas regulares com um reumatologista logo que surjam queixas que incluam aqueles sinais da doença.