Além da falta de equipamento das pequenas embarcações para enfrentar ondas tão grandes, os médicos envolvidos nas operações de salvamento acreditam que muitas vidas poderiam ter sido salvas se tivesse sido utilizado um grande navio militar em vez dos pequenos barcos de patrulha enviados para ajudar.
A UE passou a assegurar a patrulha do Mediterrâneo depois de a Itália terminar a sua operação Mare Nostrum, lançada depois de 360 migrantes morrerem em 2013.
Mas a missão da UE Tritão opera apenas a algumas milhas náuticas da costa italiana, enquanto as patrulhas da Mare Nostrum levavam navios italianos de salvamento quase até à costa da Líbia, onde mais naufrágios começam.
“A operação Tritão não tem como principal objectivo salvar vidas humanas, por isso não é a resposta urgente necessária”, disse o representante das Nações Unidas para os Refugiados para o Sul da Europa, Laurens Jolles.