A razão, aponta o canal de televisão no seu site, tem principalmente a ver com impostos. Mesmo trabalhando noutro país, os cidadãos norte-americanos são sempre taxados nos Estados Unidos. Em cima disso, a papelada necessária para tratar dos impostos e a burocracia têm aumentado e muitas vezes as pessoas são forçadas a contratar um contabilista.
A piorar ainda mais a situação, as regras apertadas de divulgação de rendimentos e bens no estrangeiro, que afectam também os bancos, e as multas que podem ser aplicadas em caso de incumprimento, levam muitas instituições financeiras estrangeiras a limitarem os serviços para cidadãos americanos expatriados. Alguns bancos impedem mesmo a abertura de contas, o acesso a cartões ou a contracção de empréstimos por parte de americanos.
A vontade de ‘rasgar’ o passaporte aumentou drasticamente em apenas seis anos. Segundo o site da CNN, no ano passado 3.415 cidadãos dos Estados Unidos renunciaram à nacionalidade, muito acima dos 231 de 2008 ou dos 742 de 2009. Em 2010 (1.534) e 2011 (1781) a tendência de subida continuou, antes de descer para 933 casos em 2012. Há dois anos houve novo salto, com 3.000 americanos a rasgarem o documento que muitos milhões em todo o mundo gostariam de ter.