"Não queremos mostrar demasiado entusiasmo antes de chegar a um acordo", declarou Gabriel Sakellaridis à estação televisiva Antenna TV.
"Os gregos têm de compreender que se trata de uma negociação crucial e difícil, a pressão é muito forte", acrescentou o porta-voz.
No entanto, assegurou, o Governo grego de esquerda mantém-se "firme e estável" nas suas pretensões e estabeleceu "linhas vermelhas" quanto aos pontos do seu programa relativamente aos quais não haverá cedências.
Após uma ronda de desacordo total na reunião de ministros das Finanças da zona euro em Bruxelas, a Grécia e os seus credores (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) vão retomar hoje as negociações técnicas, deixando antever a possibilidade de um compromisso no encontro do Eurogrupo que se realiza na segunda-feira.
A bolsa de Atenas abriu hoje em forte alta, com uma subida superior a 7% no início das negociações.
Os europeus querem que a Grécia peça uma extensão do programa para se financiar a curto prazo, antes de encarar uma solução a redução da dívida, que corresponde a mais de 175% do Produto Interno Bruto.
Decidido a libertar-se da 'troika' de credores e das medidas que lhe foram impostas desde 2010, o executivo de Atenas recusa e exige um novo programa com condições menos drásticas no plano social.
"Há medidas relativamente às quais chegaremos provavelmente a um entendimento, como a conclusão do cadastro, a aceleração dos processos judiciais, a eficácia da administração e a fiscalidade do património", elencou o porta-voz do Governo.
Lusa/SOL