Sexo: A perspectiva de uma terapeuta sexual de 100 anos

Shirley Zussman é uma das terapeutas sexuais mais velha do mundo ainda ‘em acção’. A partir do seu consultório em Nova Iorque, já viu de tudo: A legalização da pílula nos anos 60, o aumento de casos de SIDA nos anos 80 e o crescimento da pornografia online no século XXI.

Nasceu no início da Primeira Guerra Mundial e acabou o curso na Universidade de Smith em 1934. Só começou a dar conselhos sexuais nos anos 60 e o seu marido, um ginecologista, fez o primeiro aborto legal no estado de Nova Iorque, explica o site da Time.

Zussman tem muito a dizer sobre as tendências sexuais de hoje em dia e os factores que afectam a ‘vida na cama’. Aqui ficam alguns dos pontos da sua revista com a equipa da Time:

1)    Trabalho e sexo: “O uso do tempo é muito diferente hoje em dia. As pessoas estão sempre ocupadas (…) Existe um limite para a quantidade de energia, desejo e tempo que pode dar a alguém, quando a prioridade é fazer dinheiro, ser administrador, comprar uma casa de férias. (…) O desejo requer energia e um dos problemas mais comuns que vejo é a falta de desejo, de interesse”, explica;

2)    Abertura sexual: Com o aparecimento da pílula, as mulheres deixaram de se preocupar com a gravidez. Todos os programas televisivos e revistas têm referências sexuais. “As pessoas começaram a incutir a ideia de que é possível tirar mais prazer do sexo. Que não serve apenas para fazer bebés”, afirma Zussman;

3)     O sexo sem compromissos: “Nos anos 60 não era apenas sem compromissos, era frenético. (…) Penso que com o passar dos tempos as pessoas começaram a aperceber-se das desvantagens existentes neste tipo de comportamento. Acho que aquilo que procuravam no sexo ‘casual’ não aparecia. Porque, a longo prazo, o prazer sexual é apenas uma das coisas [que procuram]. Querem intimidade, compreensão, divertimento e alguém que goste mesmo deles para além daquilo que acontece na cama. (…) Acho que o que acontece hoje em dia se chama engate é muito diferente e possui mais limites. Não é frenético”;

4)    Sexo oral: Sempre existiu, mas “nunca se falou sobre o assunto na geração das vossas mães, da minha mãe e na minha geração”, explica a terapeuta;

5)    Pornografia online: “Não há nada de novo no que diz respeito à pornografia… Existe desde a pré-história (…) Mas tenho alguns pacientes que se sentam à frente do computador a ver pornografia e perdem o interesse pelo parceiro. Vejo muito isso nos homens solteiros, que acabam por não se esforçar para sair de casa e enfrentar a possibilidade de uma rejeição – satisfazem as suas necessidades sexuais à frente de um computador e a masturbarem-se”.

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