"As medidas de consolidação orçamental devastaram o Estado, criaram uma enorme crise humanitária. O resgate impôs uma austeridade sem precedentes", afirmou Tsipras, no final da reunião do Eurogrupo, recusando comparações entre a Grécia e outros países que também assinaram memorandos de entendimento com a 'troika', como Portugal ou Irlanda.
O chefe de Governo grego salientou que "as reformas aplicadas no programa de resgate não tiveram efeito positivo" e que a classe média foi a "mais castigada" pela austeridade imposta ao país.
Tsipras, que falava no final de um Conselho Europeu informal, salientou ainda que "é inútil colocar problemas domésticos a nível europeu".
"Independentemente do que acontecer na Grécia, os problemas dos outros países continuarão a existir. Tentei explicar [aos chefes de Estado e de Governo europeus] que interessa a todos o sucesso da Grécia. Se a Grécia se tornar num país 'normal', se deixar de ser um caso especial, é bom para a Europa", considerou.
O segundo programa de resgate grego termina no final do mês, devendo as negociações sobre o futuro do país ser fechadas na segunda-feira, na reunião dos ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo), sendo que Atenas recusa novo memorando de entendimento.
Lusa/SOL