A celebração, que está prestes a terminar em Roma, começou com uma oração silenciosa do Chefe da Igreja Católica junto ao túmulo do Apóstolo Pedro e prosseguiu com uma saudação ao Papa feita pelo primeiro cardeal a ser investido, Dominique Mamberti. Seguiu-se depois a leitura do Evangelho e a homilia, onde Francisco sublinhou a importância dos cardeais no governo da Igreja.
Os 20 cardeais, 15 dos quais passam a tornar-se eleitores do Papa, prestaram um juramento de obediência e fidelidade ao Sumo Pontífice. A cerimónia prosseguiu com a entrega do barrete cardinalício e do anel, símbolos do cardinalato, que o patriarca de Lisboa recebeu de joelhos, enquanto ouvia as palavras de Francisco. O momento terminou com um abraço entre o Papa e o novo cardeal.
Da parte da tarde, haverá a chamada visita de cortesia, onde os novos cardeais recebem cumprimentos de todos os que os quiserem saudar. Manuel Clemente estará no adro da Ala Paulo VI para, durante duas horas, receber cumprimentos. A comitiva portuguesa que por aí passará conta com cerca de 300 pessoas, entre bispos, padres e leigos ligados a movimentos da Igreja mais próximos do patriarca de Lisboa. A família de Manuel Clemente também viajou para Roma para acompanhar o Consistório. O Estado português fez-se representar pelo vice-primeiro ministro, Paulo Portas, e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete.
Colégio Cardinalício mais universal e menos europeu
Aos 66 anos, o Patriarca de Lisboa integra, a partir de agora, o Colégio Cardinalício, grupo de conselheiros do Papa que tem ainda por missão participar no conclave, onde é feita a eleição do Papa. Além de Manuel Clemente, há ainda dois portugueses neste grupo: José Saraiva Martins, de 83 anos, e Monteiro de Castro, ambos a trabalhar no Vaticano já há muitos anos. Contudo, estes dois cardeais portugueses, como têm mais de 75 anos já não têm assento no conclave, embora continuem a pertencer ao grupo de conselheiros do Papa.
O Colégio dos Cardeais fica agora com 228 cardeais, 125 dos quais com poder para eleger o Papa, oriundos de 59 países e dos cinco continentes. Entre os 15 novos eleitores, estão representados 14 países, 10 dos quais fora da Europa.
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