Clientes da Microsoft vítimas de chamadas fraudulentas

Catarina estava prestes a sair de casa quando o telefone tocou. Do outro lado, um homem com um sotaque indiano, disse ser um funcionário da Microsoft e, em tom de preocupação, disse que o seu computador estava com um vírus e que tinha de aceder ao computador.

Esse mesmo funcionário confirmou o nome da pessoa em que estava registado o aparelho. Desconfiada com a situação, Catarina perguntou-lhe como podia ter a certeza que estava efectivamente a falar com alguém da Microsoft, o homem facultou um número confidencial, dizendo que apenas a Microsoft e o utilizador tinham acesso ao mesmo.

Após o dito funcionário lhe ter explicado como chegar a esse número e efectivamente corresponder ao fornecido pelo homem, Catarina não acedeu ao seu pedido para aceder o computador, mesmo depois de este lhe ter dito que se o problema não fosse resolvido, o computador ficaria inutilizável.

Este é apenas um dos muitos exemplos de utilizadores da Microsoft que, por todo o mundo, têm sido alvo de chamadas falsas por parte de supostos funcionários da empresa, a alertá-los para um problema com o seu computador e que precisam de aceder ao mesmo para resolver a questão.

O 'esquema' consiste em instalar um programa para que os hackers possam aceder remotamente ao computador e mostrar ao utilizador os problemas do aparelho. Em seguida, pedem cerca de 175 dólares (155 euros) para limparem os vírus.

O SOL entrou em contacto com a empresa, que confirmou ter recebido “vários contactos de clientes particulares a questionarem-nos" sobre estes telefonemas, onde são informados que os aparelhos “estão com vírus e por vezes é pedido o acesso ao PC dos clientes”.

“A Microsoft Portugal é alheia a este facto e sabemos que este tipo de abordagem representa uma clara tentativa de phishing – uma estratégia utilizada por hackers para roubar informações dos clientes”.

Nestes casos, a Microsoft aconselha “todos aqueles que forem alvo desta tentativa de fraude, a não darem continuidade à chamada e não cederem quaisquer dados, bem como não executar qualquer comando ou instalar nenhum software no seu computador”.

rita.porto@sol.pt