Fármaco para hepatite C está comparticipado a 100 por cento

O medicamento inovador Sofosbuvir para o tratamento da hepatite C está desde as 21:00 de terça-feira comparticipado a 100 pc pelo Estado e será administrado a todos os doentes que dele precisem, disse à Lusa o presidente do Infarmed.

Eurico Castro Alves falava no final de uma reunião com todos os presidentes dos conselhos de administração e os directores clínicos dos hospitais que tratam a hepatite C em Portugal, o Infarmed e o secretário de Estado da Saúde.

De acordo com o presidente do organismo que regula o sector do medicamento, o acordo com o laboratório do medicamento inovador Sofosbuvir foi assinado às 21:00 de terça-feira e desde então está a ser comparticipado a 100 por cento pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A partir de agora, explicou Eurico Castro Alves, será accionado um mecanismo de tratamento da doença que passa pela introdução, por parte dos médicos, de informações sobre os doentes e os tratamentos num registo informático (portal da hepatite) criado pelo Infarmed.

"É muito importante que os médicos introduzam todas as informações relativamente ao doente — as quais irão ser monitorizadas – até para se controlar se o doente fica curado", disse Eurico Castro Alves.

A partir do momento em que o médico introduz estes dados, começa a contar um prazo de cinco dias que a comissão de farmácia e terapêutica do hospital onde o doente é tratado, juntamente com o conselho de administração, para "validar a decisão e dar o medicamento ao doente", acrescentou.

Este procedimento refere-se aos 95 por cento dos doentes que deverão ficar curados com o Sofosbuvir ou outros semelhantes, estando previsto para os restantes cinco por cento o recurso a autorizações de utilização excepcional, que o Infarmed se propõe responder em dois dias.

Eurico Castro Alves garante que todos os doentes que precisam de tratamento vão receber os fármacos que necessitam e acrescentou que actualmente existem 602 a receber o Sofosbuvir.

O dirigente disse ainda que 44 doentes foram já dados como tratados, graças a esta terapêutica.

Lusa/SOL