A eleição de Prokopis Pavlopoulos põe fim ao impasse para encontrar um novo Presidente – bloqueio esse que levou à convocação das eleições parlamentares de Janeiro.
Pavlopoulos, de 64 anos, é um antigo ministro da Administração interna, veterano da Nova Democracia, e a sua escolha foi vista como uma surpresa – o nome de quem se falava para o lugar, basicamente de natureza formal, era o também conservador comissário europeu Dimitris Avramopoulos.
O novo Presidente recebeu 233 votos a favor e 30 contra. Os favoráveis vieram de mais outra aliança improvável: o Syriza e os seus parceiros de direita, os Gregos Independentes, aliados ao maior partido da Oposição, a Nova Democracia. A disputar a eleição esteve outro professor de Direito, mas de esquerda, Nikos Alivizatos.
A escolha de Pavlopoulos não foi isenta de apreciações negativas oriundas dos três partidos que o apoiaram. Os críticos argumentaram que o novo Presidente não tinha conseguido controlar as contratações do Estado ou responder adequadamente aos motins que inundaram Atenas em 2008 depois de a polícia ter atingido mortalmente um adolescente.
Pavlopoulos substitui Karaolos Papoulias, de 85 anos, que cumpriu dois mandatos consecutivos de cinco anos.