A mulher é uma cidadã da Guiné-Conacri, que é um dos países mais atingidos por esta doença hemorrágica, e não falará português, apurou o SOL.
Foi atendida no Hospital do Barreiro com sintomas de infecção com o vírus e transferida da unidade para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa, um dos quatro do país referenciados para tratar destes casos.
Os rígidos protocolos de segurança prevêem que os doentes, mal dão entrada no hospital, sejam acompanhados por um número reduzido de profissionais treinados para atender estes casos. Os procedimentos de actuação passam por uma recolha de sangue específica para comprovar a infecção com o vírus.
Até serem conhecidos os resultados, o protocolo estabelece que os profissionais devem actuar como se estivessem perante um doente. O protocolo de segurança estabelece que cada membro da equipa tem de estar equipado com um fato especial, máscaras e dois pares de luvas. O risco de contágio não é apenas durante o contacto com a mulher, mas também quando os profissionais retiram os fatos e outras peças de vestuário que podem estar contaminadas. Os doentes infectados serão tratados com medicamentos experimentais, produtos feitos com anticorpos de doentes em recuperação, como os que foram usados para tratar os doentes e a enfermeira espanhola no país vizinho.