"A mudança do nome da 'troika' para 'instituições', do 'memorando' por 'acordo' e dos 'credores' por 'parceiros' não altera nada a realidade anterior", assinalou Glezos num artigo publicado num 'blog', noticiou a agência de notícias espanhola EFE.
Manolis Glezos pediu a "todos os membros e simpatizantes" do Governo de coligação encabeçado pelo Syriza que decidam "em reuniões extraordinárias a todos os níveis da organização" se aceitam a decisão do executivo de Alexis Tsipras.
O emblemático político esquerdista sublinhou que já passou um mês desde as eleições, mas ainda não foi cumprida a promessa do Syriza de "abolir a 'troika' e o programa de resgate".
No seu artigo, Glezos pede desculpa aos eleitores gregos por tê-los feito "participar na ilusão" durante a campanha eleitoral de ter um Governo de esquerda, pedindo-lhes uma reacção "antes que seja demasiado tarde".
Segundo a EFE, fontes governamentais reagiram às críticas apontando para o decorrer das negociações com os países da zona euro, afirmando que Glezos "não faz ideia das duras negociações" com os parceiros europeus.
O Governo de Alexis Tsipras está a trabalhar em contra-relógio durante este fim-de-semana para preparar a lista de reformas que tem que enviar para Bruxelas na segunda-feira, e que é decisiva para que os credores decidam finalmente se aceitam estender por mais quatro meses o financiamento ao país.
O Ministério das Finanças grego, liderado por Yanis Varoufakis tem previsto enviar já hoje uma primeira carta de três páginas com parte das reformas para que o Eurogrupo faça uma primeira avaliação e reacção, de modo a perfilar a proposta que Atenas vai entregar na segunda-feira.
Lusa/SOL