Esta foi a maior quebra do grupo espanhol, já que, das restantes geografias onde opera – Espanha, Argentina, Brasil e China – apenas teve em recuo ligeiro no mercado chinês (-0,1%, a câmbios constantes). A nível ibérico, o volume de negócios recuou 0,8%, para cerca de seis mil milhões de euros, muito influenciado por Portugal.
Sobre o desempenho em 2014 – um ano que classificou de «complicado» – Ricardo Currás, conselheiro delegado do DIA, assumiu não estar satisfeito.
«Não podemos dizer que estejamos muito satisfeitos com o que aconteceu em 2014 em Portugal», afirmou o responsável, na apresentação de resultados anuais da retalhista, que decorreu hoje em Madrid.
O cenário deflacionista, que caracterizou como «o pior dos últimos 20 anos», a quebra no consumo, a «fortíssima guerra de preços nos últimos dois ou três anos» e o facto de não terem aberto novas lojas, explicam a redução do volume de negócios em Portugal, segundo Ricardo Currás.
Em território português, o grupo fechou 2014 com 634 lojas, menos sete do que em 2013. Destas, 346 eram lojas próprias e 288 em regime de franquia.
Para recuperar vendas, o grupo espanhol já têm em marcha uma estratégia que inclui um reposicionamento a nível de preços, um plano de abertura de novas lojas – que não quantifica – e a transformação de grande parte das lojas Minipreço em Minipreço Market, com maior aposta nos frescos, e a aposta nos formatos de proximidade.
No ultimo exercício, os lucros totais subiram 8,4%, para 267,2 milhões de euros.
«Vamos investir com força em preços, remodelações e novas lojas e nos nossos franquiados, para recuperar», garantiu Currás, embora sem detalhar que fatia de investimento dedicará a Portugal
Em 2014, o DIA lucrou 267 milhões de euros, mais 8,4% do que em 2013.
*A convite do grupo DIA