Mesmo para anteciparmos o pagamento ao FMI, não diminuímos em nada a dívida, pedimos mais dinheiro emprestado, mas a juros mais baixos (graças ao BCE, a não ser que se queira atribuir ao Governo português a maior descida de juros noutros países da zona euro). Ainda ontem, um relatório do Bando de Portugal, mostrava que a dívida públicas portuguesa continua a aumentar a níveis estratosféricos (ultrapassou já os 400 mil milhões de euros), apesar diminuição acentuada das dívidas de particulares e das empresas privadas.
Ninguém se preocupa agora com a dívida pública, como se preocupava a troika (embora preocupando-se mal, porque as suas politicas deram nisto) no início dos resgates.
Já agora, só uma dúvida: se as coisas estão assim tão bem, como acham alguns, porque veio Juncker fazer um ‘mea culpa’ e dizer que as instituições da troika, com as suas deficientes comissões técnicas dos resgates, ‘pecaram contra portugueses, gregos e irlandeses’?