O caso insólito, noticiado pelo jornal Hindustan Times, aconteceu na sexta-feira, no hospital de Kujang, distrito de Jagatsinghpur, a sudoeste de Calcutá. A mulher deu à luz e o médico obstetra deixou a sala para atender outra doente. Foi a funcionária de limpeza do hospital que, com ajuda de auxiliares médicos, coseu alguns pontos na paciente. No relatório preliminar ao incidente, o director distrital de saúde desvalorizou a polémica, dizendo que “a mulher teve um parto normal, pelo que não eram necessários muitos pontos”.
A família da ‘vítima’ fez queixa da situação, pelo que o hospital procedeu a um exame para confirmar que não havia danos. “Os pontos dados na parte operada do corpo foram examinados medicamente”, lê-se no relatório, citado pelo Hindustan Times, “constatou-se que estava tudo bem”.
O gabinete distrital de saúde também abriu um inquérito à actuação do médico, remetendo para mais tarde as conclusões e possíveis acções contra este.
Trata-se de apenas mais um caso a provar as deficiências do sistema de saúde na Índia. No ano passado, foi noticiado que um médico da mesma região do país usou uma bomba de ar de bicicleta para insuflar o abdómen de uma mulher durante uma operação. E em 2012, num hospital remoto do Uttar Pradesh, soube-se que os empregados de limpeza suturavam feridas de vez em quando, ao passo que outros funcionários eram encarregados ocasionalmente de dar injecções. Tudo devido à falta de médicos e enfermeiros.