Na carta enviada ontem pelo ministro das Finanças Yanis Varoufakis, a que a Reuters teve acesso, o Executivo grego compromete-se a “rever e controlar gastos em todas as áreas do Governo”, nomeadamente na educação, defesa, transporte, Governo local e nos benefícios sociais. Mais especificamente, Atenas irá “identificar medidas de redução de despesas através de uma revisão completa de todos os ministérios e da “racionalização” das despesas não-salariais, que são responsáveis por 56% da despesa pública total.
Além de cortar nas despesas dos gabinetes do Governo – com a frota de automóveis, viagens, etc – o Governo vai “rever a grelha salarial do Estado” e cortar nos benefícios extra-vencimento recebidos pelos funcionários. Nestes suplementos remuneratórios, será feito um cruzamento de dados pelas autoridades para “identificar beneficiários não elegíveis”.
Varoufakis aceita empreender uma “reforma do sistema de segurança social” , “continuar a trabalhar em medidas administrativas” de simplificação e unificação dos vários subsistemas de previdência e a “eliminar lacunas e incentivos que dão origem a excessivas reformas antecipadas”, especificamente no sector público e nos bancos. Haverá uma “consolidação dos fundos de pensões para conseguir poupanças” e uma “ligação mais estreita entre as contribuições e os rendimentos” do sistema. Também aqui serão eliminados ‘benefícios” e estão previstos “incentivos para declarar o trabalho assalariado.
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