A agência de notação financeira optou pela modalidade de 'Rating Watch Evolving' (RWE), ou seja, sem definir à cabeça se está mais inclinada para manter, subir ou descer o 'rating' do BPI, segundo uma nota de análise hoje divulgada ao mercado.
Já o 'rating' de emissor de dívida de curto prazo do BPI foi colocado em observação positiva, o que significa que tem boas probabilidades de vir a ser revisto em alta.
"Existe um potencial de subida do 'rating' [de longo prazo] em resultado da alteração das dinâmicas de apoio do Estado [português] para um apoio institucional, no caso da oferta resultar na tomada de controlo do BPI pelo CaixaBank", justificou a Fitch.
Porém, caso a oferta não seja bem sucedida, existe a possibilidade real de o 'rating' de longo prazo do banco liderado por Fernando Ulrich ser revisto em baixa, daí a opção pela modalidade RWE, explicou a agência de notação.
O CaixaBank anunciou a 17 de Fevereiro a intenção de adquirir a maioria do capital do BPI por 1,329 euros por acção, num total de 1,082 mil milhões de euros.
O banco catalão é o maior accionista do BPI, com 44,1% do banco, contando com quatro membros no Conselho de Administração do banco português, seguindo-se a empresária angolana Isabel dos Santos, através da Santoro, com 18,6%, e o Grupo Allianz, com 8,4%.
Lusa/SOL