Feitas as apresentações, em terra de milagres, de navegadores e de invasores faz-se também vinho aproveitando as excelentes condições geográficas (vales, encostas e colinas) e a complexidade de terrenos (argilo-calcários, arenosos e franco-calcários). E o primeiro vinho que nos chegou à prova foi um muito agradável Vale de Fornos Branco 2012 feito com Arinto e apresentando no aroma notas vegetais e algumas tropicais. A frescura típica da casta está toda aqui e desempenha óptimo papel como simples aperitivo ou no acompanhamento de marisco.
Seguiu-se um Vale de Fornos Tinto de 2012, um vinho que já mostra todo o potencial que a casta Syrah desenvolve nestas terras. O seu intenso aroma a fruta madura e a especiarias (estagiou seis meses em cascos novos de carvalho francês), alia-se a uma enorme frescura e a um bom volume de boca. Dele, vieram para o mercado 35 mil garrafas. E porque o Syrah se dá bem neste terroir, engarrafaram-se 7.400 unidades de um monocasta, o Quinta Vale de Fornos Syrah Reserva 2012. Muito mais concentrado do que o anterior (um blend), revelou elegância de aromas com destaque para as frutas pretas e de novo especiarias (pimenta branca), estas devido ao estágio de 12 meses em barricas novas de carvalho francês. Muito bom vinho e que pode ainda ganhar mais em garrafa.
Por fim, chegou-nos outro monocasta, um Quinta Vale de Fornos Cabernet Sauvignon Reserva de 2012, a revelar notas de frutas maduras, especiarias e aromas balsâmicos. Na boca revelou persistência.
Enfim, uma boa prova na Quinta de Vale de Fornos, cuja única falha é não possuir ainda um topo de gama. Mas já está em projecto.