Aqui está a divergência com a Alemanha: afinal, não basta só o défice, mas também tem de se equilibrar a dívida pública. Porque são precisamente a elevada dívida e o desemprego que a Comissão considera "desequilíbrios excessivos", que precisam de ser acompanhados de perto.
A Alemanha tornou-se de repente excessivamente mole? Não parece. Simplesmente Merkel e Schauble receiam ver aplicadas politicas que tenham maior sucesso do que o insucesso das deles (como aconteceu, após a II Guerra, com os socialistas democráticos, ou sociais-democratas, dos países nórdicos e da Inglaterra em comparação com os seus opositores conservadores e liberais. Talvez até a Comissão não se importe agora que isso se demonstre. Entretanto, fica sem efeito o passeio-exibicionista de Maria Luís Albuquerque na Alemanha, pela mão de Schauble.
Vamos agora ver como (e como quem) vota hoje no parlamento Europeu o acordo com a Grécia.