A iniciativa surge dois dias depois da morte de dois agentes da PSP, que esta quarta-feira foram colhidos por um comboio enquanto perseguiam dois suspeitos que tinham acabado de assaltar uma residência, na Bobadela.
«O seu papel, em Portugal mas não só, na garantia da ordem, da segurança e da tranquilidade, na protecção de pessoas e bens, na prevenção e repressão da criminalidade, bem como o seu contributo fundamental para assegurar o normal funcionamento das instituições democráticas, o regular exercício dos direitos, liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos e o respeito pela legalidade democrática, parece-me, são merecedores de um reconhecimento especial que, francamente, preferia que não fosse feito a título póstumo, como muitas vezes acaba por infelizmente ter de acontecer», escreve António Delicado no texto da proposta, que vai enviar à tutela e aos grupos parlamentares.
O objectivo é criar «uma data especial (…) em que os cidadãos possam lembrar o papel daqueles que estão na linha da frente do combate diário pela nossa segurança e bem-estar, algo que permitirá também a tais elementos visualizar mais ainda o impacto da sua acção e da sua responsabilidade na vida de todos os dias».
Durante mais de uma década, António Delicado trabalhou em colaboração com elementos das forças e serviços de segurança – sobretudo com elementos da GNR, da PSP, da PJ e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.