Questionado, em Viseu, sobre a notícia do Correio da Manhã de que o Ministério da Defesa se prepara para criar um suplemento de serviço especial nas Forças Armadas, Aguiar-Branco explicou que o que está em causa é “a reavaliação dos suplementos que existem de modo a agregá-los de uma forma mais una”.
“Não é estar a criar novos suplementos, é reestruturá-los, indo ao encontro dos objectivos que o Governo fixou. E, na lógica orçamental, ir ao encontro do que foram as afirmações de princípio, ou seja, não haver diminuição das remunerações e também no respeito orçamental que está definido para 2015”, referiu aos jornalistas.
Também o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas já tinha dito hoje, no Funchal, que os responsáveis militares não propuseram ao Governo um novo suplemento remuneratório, mas apenas agregaram os existentes, tendo por base as especificidades das diversas especialidades.
“Não é um novo suplemento. De acordo com as orientações políticas, há uma redução do número dos suplementos que existiam”, disse o general Artur Pina Monteiro.
Segundo Aguiar-Branco, o regime dos suplementos será aprovado ao mesmo tempo do que o Estatuto dos Militares das Forças Armadas.
O ministro comentou também as afirmações feitas no sábado pelo ex-presidente da Associação Nacional de Sargentos, Lima Coelho, que o acusou de ser "habilidoso, mentiroso e cobarde" a propósito das conversações para a revisão do Estatuto dos Militares.
“Relativamente ao processo para a revisão do Estatuto dos Militares das Forças Armadas e para tudo o que foi feito na Reforma 2020, contribuiu quem quis contribuir”, afirmou Aguiar-Branco.
O governante acrescentou que “quem não quis contribuir, quem quis fazer política aproveitando as funções que exerce para outros objectivos que não os objectivos específicos que estão em causa, fê-lo”.
“Eu só posso desejar ao senhor sargento Lima Coelho, agora que deixou as suas funções, que tenha um futuro muito feliz”, acrescentou.
Lusa / SOL