O SOL foi assistir ao ensaio geral e assegura que durante quase duas horas o elenco oferece ao público uma enorme dose boa disposição. Mas apesar dos saltos e das indumentárias modernas, onde não faltam adereços como iphones, as cenas que são retratadas em palco têm mais de dois mil anos de história. São excertos do Evangelho de São Mateus que constam da Bíblia e onde são relatados episódios da vida de Cristo, desde a sua pregação pública à condenação à morte. Por isso, a produção do espectáculo assume que por detrás da animação em palco, da dança e da música, está uma mensagem séria e que convida à reflexão.
As dez personagens que compõem o elenco contracenam com Jesus e vão, ao longo da peça, sendo convertidas pela sua mensagem de alegria e amor. No final, já compõem uma comunidade que se junta para o seguir. Entre o elenco estão a cantora Mia Rose e o actor Manuel Moreira. Mas o papel principal, Jesus, cabe ao actor Bruno Xavier que confessa que teve de ler e estudar muito para encarnar esta personagem.
A produção é de Pedro Madeira Rodrigues e a encenação de Matilde Trocado. A encenadora é conhecida por fazer musicais com inspiração católica, entre os quais “Wojtyla”, que contava a história da vida de João Paulo II e teve três edições diferentes, contando com dezenas de actuações, uma delas em Madrid, nas Jornadas Mundiais da Juventude.
O Godspell foi criado por Stephen Schwartz e John-Michael Tebelak em 1971 e veio da Broadway para Portugal pela primeira vez em 1975, tendo sido interpretado por actores como Carlos Quintas e Rita Ribeiro. A nova versão, 40 anos depois e adaptada por Pedro Rodrigues e Matilde Trocado, estará em cena de 5 a 15 de Março no Teatro Tivoli, de quintas e sextas as 21h30, sábados às 17h00 e 21h30 e domingos às 17h00. No dia 27 de Março a peça sobre ao palco no Teatro Aveirense às 21h30.