José Joaquim Silva, administrado do HPS, disse à agência Lusa que a venda estava pensada há algum tempo, tendo havido manifestação de interesse por parte "dos três principais grupos privados" do país, entre os quais a José de Mello Saúde, cuja proposta de aquisição na totalidade mereceu a preferência dos sócios.
Em comunicado, a José de Mello Saúde afirma que a aquisição do Hospital Privado de Santarém constitui "mais um passo na estratégia de crescimento e desenvolvimento geográfico" do grupo, "mantendo um elevado grau de eficiência e exigência nos serviços prestados, por via da qualidade das infra-estruturas e do corpo clínico das novas unidades".
José Joaquim Silva disse à Lusa que a aquisição surge numa estratégia de penetração do grupo José de Mello Saúde na região e num contexto em que os sócios do HPS entenderam ser o momento de permitir o desenvolvimento de um hospital que afirmou ter "boa rentabilidade" e capacidade de resposta em quase todas as especialidades.
O presidente do Conselho de Administração da José de Mello Saúde (JMS), Salvador de Mello, afirma, no comunicado, estar "convicto de que o Hospital Privado de Santarém reúne as características e condições necessárias para prosseguir a estratégia de desenvolvimento em que a JMS está empenhada".
Salvador de Mello assegura que serão mantidos todos os postos de trabalho, sublinhando a aposta no "capital humano" de um grupo que conta actualmente com mais de 7.000 colaboradores.
Com 24 camas, três salas de bloco e 21 gabinetes de consulta, o Hospital Privado de Santarém tem cerca de 80 colaboradores e uma centena de médicos em regime de prestação de serviços, podendo servir oito concelhos da região e uma população de mais de 190 mil habitantes.
"O Hospital Privado de Santarém irá beneficiar da dimensão e reconhecimento da marca CUF no mercado privado de prestação de cuidados de Saúde, afirma a nota.
Inaugurado em Dezembro de 2011, na presença do então ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, o Hospital Privado de Santarém representou um investimento de 13 milhões de euros.
Propriedade da Scalmed, o investimento foi assumido por quatro médicos e três empresários da região perante a percepção da ausência de uma "resposta abrangente" para os doentes e o facto de Santarém ser a única capital de distrito sem um hospital privado.
Lusa/SOL