"O 'marketing' agressivo das duas empresas, que nada têm a ver com as tradições alimentares russas, é comparável a uma operação de guerra contra o nosso povo", declarou Guennadi Onichenko, antigo director dos serviços médicos russos, citado pela agência noticiosa russa Ria-Novosti.
No Verão passado, Onichenko tinha considerado a Coca-Cola e a Pepsi "verdadeiras armas químicas", lamentando que as bebidas não integrem a lista de produtos abrangidos pelo embargo alimentar russo.
Em Agosto último, Moscovo decretou um embargo a produtos alimentares provenientes da UE e dos Estados Unidos, que adoptaram uma série de medidas contra Moscovo, depois de terem acusado o regime russo de apoiar militarmente os separatistas no leste da Ucrânia.
Ao mesmo tempo, a cadeia de 'fast food' McDonald's foi alvo de centenas de inspecções das autoridades sanitárias russas, tendo sido acusada "de fraude" e "violações repetidas" das normas sanitárias.
A McDonald's foi obrigada a fechar nove restaurantes em Moscovo e na região, alguns dos quais reabriram posteriormente.
Director-geral dos serviços médicos russos durante quase 20 anos, Guennadi Onichenko, que deixou o cargo em 2013, é conhecido por estar na origem de proibições, oficialmente por razões sanitárias, contra produtos das antigas repúblicas soviéticas com as quais Moscovo mantinha relações difíceis.
Em 2006, baniu vinhos e águas minerais da Geórgia, república do Cáucaso que tentava então uma aproximação ao ocidente.
Lusa/SOL