“Ainda persiste o pensamento de que apenas os açúcares que adicionamos, por exemplo, no café ou no chá é que entram nas contas da dose diária recomendada e é essa mentalidade que tentamos diariamente modificar. O primeiro passo para a consciencialização é que as pessoas tenham atenção à rotulagem nutricional das embalagens, estes fornecem informação relativa à composição nutricional dos produtos alimentares, permitindo aos consumidores fazer escolhas informadas, incluindo aqueles que necessitam de uma dieta específica”, explica a especialista.
“Quando se analisa um rótulo nutricional devem seguir-se as seguintes recomendações: preferir as listas de ingredientes mais pequenas e com menos elementos processados ou artificiais e evitar produtos cujos primeiros ingredientes seja açúcar/sacarose. Outro dos truques é utilizar como medida prática de comparação um pacote de açúcar, que contém aproximadamente 7g de açúcar, e tentar, a partir daí, percepcionar a quantidade de açúcares contida em cada produto”.
“Por exemplo um copo de sumo de laranja natural contém aproximadamente 2 pacotes e meio de açúcar, enquanto uma lata de refrigerante gaseificado de laranja corresponde a um consumo de 5 pacotes de açúcar. Um pequeno-almoço constituído por 200 ml de leite meio gordo com 60g de cereais achocolatados leva-nos a consumir 4 pacotes e meio de açúcar mas se substituirmos os cereais por um pão de mistura (50g) com uma fatia de queijo (15g) estaremos apenas a consumir 1 pacote e meio de açúcar”, conclui.
De acordo com dados recentes da Direcção-geral da Saúde, em Portugal existem um milhão de pessoas com obesidade, 3,5 milhões de pré-obesos e 4,5 milhões de pessoas com excesso de peso.