Trabalhadores processam empresa por não poderem faltar ao sábado

Dois trabalhadores da General Motors nos Estados Unidos avançaram com um processo contra a empresa por não poderem tirar o dia, mesmo sem pagamento, que consideram mais importante para a sua religião. Até 2013 a fábrica da GM no Texas permitia a falta dos funcionários nestes casos e arranjava outra solução para preencher o turno.

James Robinson III é um adventista de sétimo dia, o que significa que, segundo a sua fé, não deve trabalhar entre sexta-feira ao final do dia e o mesmo período de sábado. Já Chris Scruggs é um judeu messiânico – uma confissão religiosa que mistura o judaísmo com a crença em Cristo. Também ele procura deixar o sábado para outras actividades que não o trabalho.

Até 2013, estes dois electricistas da fábrica da General Motors em Arlington puderam faltar aos turnos que afectassem o seu culto, cabendo à empresa encontrar um substituto para ocupar as suas funções. Desde o ano passado essa situação passou a ser negada, pelo que James e Chris decidiram avançar para um processo judicual, escreve o site Automotive News.

Valem-se do Civil Rights Act de 1964, uma legislação do país que garante ao trabalhador o direito a faltar em dias associados à sua religião. James e Chris exigem que a possibilidade de faltar sem pagamento possa voltar a estar em vigor para eles e outros trabalhadores na mesma situação. Pedem ainda uma indemnização que não foi divulgada pelos seus advogados.

A General Motors remeteu esclarecimentos e uma resposta a esta iniciativa para mais tarde, uma vez que diz não ter sido informada ainda oficialmente da acção judicial. A fábrica de Arlington, a única da empresa no Texas, opera desde 1954 e fabrica SUV de grandes dimensões das marcas Chevrolet, GMC e Cadillac.

emanuel.costa@sol.pt