"Ouvi falar de dificuldades financeiras idiossincráticas no GES no final de 2013. Em termos concretos, soube, mais tarde, das implicações da exposição do BES [Banco Espírito Santo] ao GES pela imprensa especializada internacional", lê-se no documento a que a agência Lusa teve acesso.
Sobre a exposição do BES ao GES, Vítor Gaspar disse que era "clara na estrutura do próprio grupo".
E afirmou: "O BES (e o GES) foram afectados pela interrupção do financiamento privado internacional à economia portuguesa que ocorreu na primavera de 2010".
Questionado sobre a ausência de referências aos problemas do grupo BES/GES "nos sucessivos documentos que foram sendo divulgados sobre o sistema financeiro português" entre 2011 e a saída do Governo de Vítor Gaspar, o responsável preferiu não responder.
"Não tenho nada a dizer sobre esta questão", escreveu o ex-governante.
Vítor Gaspar pediu para sair do executivo liderado por Pedro Passos Coelho no Verão de 2013, dando lugar à actual ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, que à data era secretária de Estado do Tesouro.
Lusa/SOL