Em comunicado, a Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) adianta que os dois reclusos, ambos em prisão preventiva, partilhavam a mesma cela, na ala E. O que morreu tinha 28 anos, era espanhol e aguardava julgamento por tráfico de estupefacientes, e o que ficou ferido tem 32 anos, é de nacionalidade cabo-verdiana e aguardava julgamento por crime de homicídio. Foram encontrados esta manhã, por guardas prisionais, no decurso da abertura das celas.
Ao que o SOL apurou, o cidadão cabo-verdiano terá sido o autor do homicídio do colega de cela, através de asfixia, e posteriormente terá tentado pôr termo à vida.
Sem adiantar mais explicações sobre as razões por trás deste incidente e as circunstâncias da morte, o gabinete de Rui Sá Gomes garante apenas que “os seis serviços de ronda nocturna habitualmente efectuados (no EPL) decorreram sem registo de qualquer ocorrência ou pedido de ajuda”.
“Nesta fase do processo de averiguações, tanto por parte dos órgãos de polícia criminal como interno, é prematuro avançar com a associação da ocorrência a qualquer facto”, justifica fonte oficial da DGRSP, acrescentando que o recluso ferido foi “imediatamente assistido pela equipa clínica de serviço ao estabelecimento (um médico e uma enfermeira), tendo também sido accionado o INEM, que o transportou para um hospital do Serviço Nacional de Saúde”.
A direcção do estabelecimento chamou a PSP e a Polícia Judiciária (esta última será responsável por investigar o caso). Simultaneamente, foi aberto já um processo de averiguações interno a cargo do Serviço de Auditoria e Inspecção desta Direcção Geral, coordenado por Magistrado do Ministério Público.