"Na Grécia, a responsabilidade dos problemas é muitas vezes reenviada para fora da Grécia e a Alemanha tornou-se a principal vítima", declarou Jeroen Dijsselbloem.
"Creio que, pelo contrário, os alemães fizeram bastantes esforços para ajudar os gregos com empréstimos baratos", acrescentou, em declarações à televisão holandesa.
No final de Fevereiro, foi alcançado um acordo no Eurogrupo para prolongar por quatro meses o programa de assistência financeira à Grécia em troca de reformas, mas o processo tem sofrido alguns atrasos, numa altura em que o país precisa de liquidez para reembolsar os credores e quando as relações com a Alemanha se têm revelado bastante sensíveis, depois da chegada ao poder da esquerda radical de Alexis Tsipras.
"Agora devemos todos ter uma atitude construtiva e tentar acabar o programa com a Grécia", adiantou o também ministro das Finanças holandês.
Esta susceptibilidade levou a um protesto oficial da Grécia junto de Berlim por declarações do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, na terça-feira, em Bruxelas, em relação ao seu homólogo grego, Yanis Varoufakis.
"Há muita violência verbal que não serve para nada", comentou Dijsselbloem.
Atenas também reactivou o pediu a Berlim uma indemnização pelos danos causados durante a Segunda Guerra Mundial.
Lusa/SOL