A saída de Belmiro de Azevedo significa uma nova fase na Sonae?
Esperamos continuar a contar com a experiência e o conhecimento dele, quer através do Global Advisory Board que vai ser criado, quer através da formação accionista. Conseguiremos que ele vá muitas vezes à Sonae, numa presença informal. O think tank que está a criar na Fundação será sobre educação e formação, que é uma área que trabalhamos muito, e vamos manter-nos muito próximos por isso. Mas não será exactamente a mesma coisa. Estamos todos um bocadinho mais tristes por causa disso. Mas sempre nos disse as datas e as metas [relativamente à saída] e foi cumprindo uma a uma. Não foi surpresa para ninguém.
Qual a sua expectativa em relação aos novos cargos para que foi proposto nas empresas do grupo?
Como sempre na minha carreira, tentarei fazer o meu melhor. Tenho treinado nalguns cargos de chairman – uns mais internos e outros em partilha com outros accionistas, como é o caso da Sonae Sierra. Espero conseguir fazer bem, mas em termos profissionais serão competências e capacidades diferentes. Vou ter de aprender.
Em que sentido?
É diferente ser um chairman accionista maioritário [como Belmiro de Azevedo] e ser um chairman que não é accionista. Não está ali a exprimir a posição do accionista. Está a gerir as discussões e os debates para obter consensos e decidir melhor para a empresa. E tem de reportar aos outros accionistas.