O problema é dos patrões

O Expresso noticiou sábado que o FMI está insatisfeito com o eleitoralismo do Governo, e insiste na necessidade de reformas. Muito boa gente sempre acusou o Governo de Passos de ter reduzido as reformas à austeridade para os mais fracos, julgando que podia assim vencer a crises só com os empresários. No entanto, diz-se agora,…

Bem a propósito, acaba de conhecer-se um estudo nacional intitulado ‘factores Indutores da Internacionalização Empresarial’ (Universidade Portucalense), que chega à mesma conclusão sobre as incapacidades empresariais de uns patrões demasiado habituados a viverem encostados a um Estado, que sempre se dedicou de alma e coração a apoiá-los, incluindo esmagando-lhes os trabalhadores e a capacidade de produção.

Cereja em cima do bolo: os jornais anunciam que este Governo, nesta época eleitoral, se prepara para contratar mais uma quantidade de PPPs (as tais criminalidades que se procurou assacar apenas ao anterior Executivo socialista, embora também tivessem sido usadas a eito pelos do PSD).

Pessoalmente, nem ligo muito ao que dizem os técnicos do FMI. E, como as novas autoridades de Atenas, prefiro responsabilizar politicamente as instituições, do que aceitar os ditames de técnicos da troika (pelo que, para mim, este assunto não é apenas uma questão de palavras, como pretendem os que não conseguem ver mais longe). Salvem-nos desta gente – depressa.