No final do ano passado, a entidade que já opera em Portugal através do Banco Santander Totta tinha formalizado a manifestação do seu interesse na aquisição do Novo Banco, a entidade resultante da medida de resolução aplicada ao Banco Espírito Santo (BES) no verão do ano passado.
Nesta segunda fase da operação de venda participam 15 dos 17 candidatos que mostraram interesse na compra do Novo Banco, segundo a informação avançada pelo Banco de Portugal em meados de Fevereiros, com o prazo para a apresentação de propostas não vinculativas fixado para o final do dia de hoje (meia-noite).
O Banco de Portugal solicitou a cada uma das entidades pré-qualificadas a assinatura de um acordo de confidencialidade e dirigiu um convite para "a apresentação, até ao dia 20 de Março, de propostas não-vinculativas para aquisição do Novo Banco".
O convite foi acompanhado do caderno de encargos que "estabelece o procedimento a seguir na fase de propostas não-vinculativas ('Fase II') e de um 'Memorando Informativo' contendo informação sobre o Novo Banco".
Entre os potenciais candidatos à compra do Novo Banco estão o BPI e o Santander, tendo este último dado hoje mais um passo nesta corrida.
Além destes, segundo notícias surgidas ultimamente na comunicação social, estão o Banco Popular, o BBVA, os chineses Bank of China e Fosun e a gestora norte-americana de 'private equity' Apollo Global Management.
A "atractividade da oferta financeira", leia-se, o melhor preço, é o principal critério de escolha entre as propostas que forem apresentadas para a compra da instituição agora liderada por Eduardo Stock da Cunha.
O segundo critério mais valorizado para a escolha do comprador será a sua disponibilidade para comprar a totalidade dos activos colocados à venda, seguindo-se-lhe os planos estratégicos e de desenvolvimento apresentados para o Novo Banco, e o impacto geral da operação na concorrência e estabilidade do sector em Portugal.
A 03 de Agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os activos e passivos tóxicos do BES, assim como os accionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.
Lusa/SOL