Susana Díaz, que assumiu a liderança da Junta a meio do último mandato (Setembro de 2013), deverá registar a nona vitória socialista em 10 eleições autónomas na Andaluzia – em 2012 o PP foi o partido mais votado, porém o PSOE manteve o poder através de uma aliança com a Esquerda Unida (IU na sigla original). Mas, graças à fragmentação do eleitorado, arrisca-se a registar o pior resultado do partido naquela região: os 36,7% de intenção de voto atribuídos na última sondagem da Metroscopia ficam aquém da derrota de 2012 (39,56%).
Como as eleições foram antecipadas em Dezembro pela instabilidade interna na coligação com a IU (e tendo Díaz já excluído PP e Podemos como potenciais aliados), resta a opção Ciudadanos, um movimento popular nascido na Catalunha que ganha dimensão nacional.
Tal como o Podemos, a popularidade do Ciudadanos é sustentada num discurso contra os partidos tradicionais e os casos de corrupção que os envolvem – um dos quais, o caso ERE, levou à demissão de José Antonio Griñan, antecessor de Díaz na Junta. “Quem quer ter o Ciudadanos no Governo deve ler o nosso pacto anticorrupção, porque essa é a nossa fronteira”, afirmou o líder nacional do movimento, Albert Rivera, garantindo que o Ciudadanos não se aliará ao PSOE enquanto Griñan e o antecessor Manuel Chaves (também ele com um caso pendente na Justiça) mantiverem a ligação aos socialistas.