A medida surge na sequência de uma directiva europeia que vigora desde o início deste mês em todos os aeroportos da União Europeia, para “atenuar a ameaça de engenhos explosivos improvisados ocultos dentro da bagagem de cabine”, tal como já tinha explicado a Comissão Europeia.
“Estão a ser implementadas pela ANA – Aeroportos de Portugal medidas específicas para detecção de explosivos na bagagem de cabine dos passageiros desde 01 de Março de 2015”, confirma fonte oficial da gestora aeroportuária.
“Estas medidas tomam a forma tanto de novos procedimentos, como de novos equipamentos”, continua, sem detalhar se foi necessário algum investimento adicional ou se haverá reforço das equipas de inspecção.
Questionada pelo SOL, a empresa detida pelos franceses da Vinci salienta que “já aplicava nos seus aeroportos formas de detecção de explosivos nos passageiros e na sua bagagem, através dos equipamentos existentes e de revistas manuais, de acordo com as normas definidas pela União Europeia para os aeroportos europeus”. Mas as normas existentes desde o inicio deste mês são “mais exigentes a este nível”, tal como o SOL já tinha noticiado.
Na prática, pormenoriza a mesma fonte, pode ser solicitada ao passageiro “uma inspecção mais detalhada à bagagem de cabine, incluindo a eventual equipamento electrónico nela contido, como computadores portáteis, telemóveis, smartphones, tablets, câmaras fotográficas” e outros aparelhos (secadores de cabelo, câmaras de filmar, consolas de jogos). Nesse caso, as capas protectoras devem ser retiradas para que o elemento da segurança as inspeccione. Poderá ainda fazer algumas questões sobre esta bagagem.
“Os artigos eléctricos de grandes dimensões, tal como até hoje, continuam a ter de ser separados da bagagem de cabine antes da passagem no equipamento de raios-x”, acrescenta ainda a mesma fonte da ANA.
Por exemplo, no início deste mês, a AENA (congénere espanhola da ANA) anunciava que investiria cerca de 17 milhões de euros para aumentar o rastreio de explosivos na bagagem de mão, nos aeroportos que gere.