As bruxas são como a lista VIP do Fisco

Havia quem dissesse: “Eu não acredito em bruxas; mas lá que existem, existem mesmo”. E assim parece a lista VIP do Fisco. Ninguém no Governo acreditava nela, alguns desmentiram-na até com veemência – mas entretanto as cabeças começaram a rolar com a dita lista, e com a aceitação do Governo ao mais alto nível. E…

Esclarecimento indispensável: os funcionários do Fisco têm ou não a missão de vasculhar processos dos contribuintes, independentemente de voyeirismos indesejáveis (sujeitando-se assim à sanção kafkiana de serem processados, em forma de roleta russa, consoante o processo em que tocam)? Se não têm, óptimo, caia-se-lhes em cima. Mas se têm, avisem-nos, e não façam apenas uma curta lista, que ainda por cima deve incluir os mais faltosos.

E nestas coisas, é como na tropa: a responsabilidade não pode ser de soldados, tem de ser dos generais que mantêm um sistema em que é possível acontecerem essas coisas, porque têm obrigação de controlar o sistema.