Espera-se que em Lisboa centenas de estudantes marchem em protesto, a partir das 14:30h, do Largo do Carmo até à Assembleia da Republica acompanhados pela banda Project Bug. “A luta e a celebração em alegria deste dia é importante”, disse ao SOL Ricardo Brites. Segundo o presidente da Associação de Estudantes do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (AEISEL), os protestantes irão também levar fotografias tiradas aos edifícios das suas escolas de forma a denunciar a sua degradação e a falta de recursos materiais, no seguimento da manifestação realizada em frente ao MEC, no dia 12 de Março, também noticiado pelo SOL. (Veja aqui algumas das fotografias a que tivemos acesso).
A manifestação será seguida de intervenções das associações de estudantes que subscreveram o protesto, entre as quais a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, da Escola Superior de Teatro e Cinema, Escola Superior de Dança, Instituto de Geografia e Ordenamento do Território e Instituto Superior de Engenharia de Lisboa.
O dia do estudante e a luta pelo direito à educação é também reivindicado nas cidades do Porto e Coimbra, onde os alunos assinalam o seu dia com um desfile e cordão humano “de mãos e pés atados em frente ao edifício da Associação Académica de Coimbra (AAC), de forma a simbolizar “a realidade de um Estudante do Ensino Superior e das próprias Instituições, que sem financiamento se encontram de mãos e pés atados”.
A AAC recusou, aliás, o convite do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho para participar num almoço com os dirigentes estudantis do país, a realizar-se hoje em Braga. O presidente da associação, Bruno Matias, explicou ao Público que recusaram o convite “por uma questão de agenda, mas também de princípio”, e que, “O Dia do Estudante é para ser celebrado com os estudantes”.
Segundo Ricardo Brites, as associações de estudantes de Lisboa que subscreveram o protesto de hoje consideram o convite do primeiro-ministro “uma provocação”, uma vez que “o governo tem apenas desprezado e espezinhado os estudantes”, disse.
